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Menino de Manaus que faz tratamento de câncer em Jaú reencontra pai após quase 4 meses

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Um menino de 11 anos, que faz tratamento contra uma leucemia em um hospital de Jaú (SP), reencontrou o pai depois de quase quatro meses sem vê-lo.

O pai, na companhia de uma tia, saiu de Manaus (AM) e enfrentou mais de 3.650 quilômetros em 10 horas de viagem para ver o único filho, em um reencontro marcado pela emoção.

O garoto Gabriel Ricardo Vieira do Nascimento Torres luta contra o câncer na capital amazonense desde os 3 anos. Em outubro, ele foi transferido para o Hospital Amaral Carvalho para realizar um transplante de medula óssea. O hospital de Jaú é considerado referência nacional nesse tipo de tratamento.

Por causa da mudança, Gabriel e a mãe Gisele Vieira do Nascimento Torres ficaram hospedados em uma casa de apoio em Jaú, longe de Rosenberg Santana Torres, o pai que permaneceu em Manaus por conta do trabalho.

Nesse período, Gabriel usava apenas o celular para fazer chamadas de vídeo como forma de amenizar a saudade do pai, que não escondia a expectativa pelo grande dia.

“Só tenho visto meu filho e minha esposa por videochamada e tenho enfrentado uma expectativa muito grande em poder ver o Gabriel, senti-lo próximo, abraçá-lo”, revelou Rosemberg.

O menino passou pelo transplante de medula em janeiro e, segundo o hospital, se recuperou bem do tratamento até que descobriu um novo câncer há duas semanas.

Ainda de acordo com o hospital, o Sistema Único de Saúde (SUS), por protocolo, encaminhou Gabriel para fazer a quimioterapia em Manaus. No entanto, os hospitais do Amazonas não puderam receber o paciente por causa da crise no sistema de saúde devido à pandemia do coronavírus.

Com isso, o hospital de Jaú assumiu o tratamento de Gabriel, e o pai do menino decidiu viajar para ver o filho depois de tanto tempo. Os médicos explicam que esse tipo de contato pode ajudar na recuperação dos pacientes.

“Não é um tratamento fácil, é um tratamento que exige várias restrições, e nesse momento em que o país passa por sérias restrições por causa do coronavírus, esse tipo de paciente tem mais restrição ainda. Por isso, todo o suporte que pudermos dar a eles em termos de família, facilita muito o tratamento”, explica médico hematologista Iago Colturato.

Rosenberg e a tia do garoto, Gilmara Vieira do Nascimento, chegaram a Jaú na madrugada da última sexta-feira (8), mas tiveram que ficar quase três dias em isolamento social em uma pousada porque vieram de uma cidade com muitos casos de coronavírus.

Depois de testarem negativo para Covid-19, o pai e a tia puderam reencontrar o filho na manhã desta segunda-feira (11), e matar a saudade em encontro realizado na área de convivência da pediatria.

Já com uma roupa especial, parecida com a de um astronauta, o pai pôde, enfim, dar o abraço que tanto esperava no filho.

“Vê-lo pessoalmente, ouvir sua voz ao vivo, foi muito emocionante. O tratamento vai continuar dando certo e logo-logo todos nós vamos estar todos juntos em casa”, disse Rosenberg.

Por causa da reincidência do câncer, Gabriel terá de ficar mais um período em Jaú para conter o avanço da doença e depois tentar um novo transplante de medula óssea.

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