A Secretaria de Administração Penitenciária prorrogou por mais 30 dias a suspensão das visitas nas unidades prisionais do Estado de São Paulo.
Das 175 unidades prisionais com um total de 230 mil presos, 23 estão aqui na região Oeste do Estado e tiveram as visitas suspensas desde o dia 20 de março quando teve início o surto de Covid-19 no Estado.
Agora, com a nova determinação da SAP, serão mais 30 dias sem visitas e ainda segundo a pasta, não se sabe se após este período as unidades voltarão à receber os familiares dos detentos ou se o prazo será novamente prorrogado.
As entrega de alimentos e produtos de higiene pessoal feita pelos familiares nas unidades também estão suspensas desde 25 de março e só podem ser feitas via Correios.
CASOS DE COVID-19 NO SISTEMA PRISIONAL
A SAP também divulgou nesta quinta-feira (29), os números de casos do Covid-19 dentro do sistema prisional.
Segundo dados oficiais, entre os privados de liberdade, são 35 casos confirmados da doença, 12 mortes e 144 pessoas isoladas.
Já entre os servidores, são 109 diagnosticados com coronavírus, 13 mortos e 247 afastados das atividades profissionais.
Dados revelados pela SAP, revelam que houve um aumento de 50% das mortes entre detentos. Há três semanas, eram 17 óbitos entre os detentos e hoje (29), o número é de 35 pessoas mortas pela doença.
Os óbitos entre funcionários que eram 27 passaram para 109 até a última quinta-feira (28) tendo, portanto um aumento de 33% no mesmo período.
SAP INFORMA QUE MANTÉM PROTOCOLOS DE PREVENÇÃO E CUIDADOS
Segundo a SAP, as unidades do Estado estão sendo higienizadas frequentemente, de acordo com o que é preconizado pelos órgãos de saúde, além de terem sido reforçadas todas as medidas já adotadas nos presídios, como suspensão de atividades coletivas; busca ativa para casos similares ao COVID-19; restrição de entrada de pessoas que não sejam do corpo funcional; quarentena para presos que são inclusos; monitoramento com termômetros infra vermelho e oxímetro digital portátil; ampliação na distribuição de produtos de higiene, álcool em gel e sabonete; distribuição de EPIs. Mais de 1,5 milhão de máscaras de proteção foi produzida por reeducandos nos presídios do estado de São Paulo.