Connect with us

Geral

Suspeitos de serem os autores de duas mortes em loja de posto de combustíveis são presos

Publicado

em

Dois homens suspeitos de serem os autores dos assassinatos dentro de uma loja de conveniências, em um posto de combustíveis de Curitiba, foram presos pela Polícia Militar (PM) na madrugada desta quarta-feira (17).

Eles são dois irmãos e estavam no bairro Pinheirinho. A PM chegou até os dois por meio de denúncia anônima. O suspeito de ser o mandante foi detido na sexta-feira (12), um dia depois do duplo homicídio.

De acordo com a PM, os irmãos estavam tentando alugar um lugar para passar a noite. Eles eram considerados foragidos. À PM, confessaram o crime.

“A equipe estava em patrulhamento e recebeu uma denúncia anônima que os irmãos da situação do posto de gasolina tinham alugado um quarto e estavam tentando passar a noite nesse local. A equipe foi averiguar a situação do quarto e encontrou os dois irmãos. Eles confessaram no momento que viram a viatura. Falaram que foram eles. Eles falaram que o advogado ia apresentar eles nos próximos dias, que estavam aguardando o momento certo, mas não deu tempo para eles”, afirmou o sargento Quadros, da PM.
Os dois foram levados para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e devem ser ouvidos pela Polícia Civil ao longo do dia.

O crime

O caso aconteceu na tarde de quinta-feira (11), e as câmeras de segurança do estabelecimento registraram tudo.

O advogado Igor Kaluff, que tinha 40 anos, e o amigo e motoboy Henrique Mendes Neto, de 38 anos, foram mortos a tiros durante a cobrança de uma dívida por pedras preciosas no valor de R$ 480 mil.

O empresário Bruno Ramos Caetano, suspeito de ser o mandante do duplo homicídio, disse à Polícia Civil, logo após ser preso na sexta-feira, que recebeu ameaças por mensagens do advogado Igor Kaluff antes do encontro na loja de conveniência.
As vítimas não estavam armadas, segundo a delegada Tathiana Guzella, que é responsável pelas investigações.

De acordo com Bruno, a dívida pelas pedras ocorria desde o fim do ano passado a um ourives de Curitiba. O ourives, conforme a Polícia Civil, também estava no posto de combustíveis.

O advogado que foi morto a tiros era amigo do ourives e, segundo ele, se propôs a intermediar a negociação.

Troca de mensagens

A troca de mensagens entre Bruno Ramos Caetano e Igor Kaluff mostra os dois combinando o encontro.

O empresário escreve que o encontro será em um posto, na Rua Vicente Machado, perto da Justiça do Trabalho, e diz “estou saindo de Campo Largo. Chego minutos atrasado”.

O advogado responde “estou aqui. Não gosto de esperar”.

Depoimento do empresário

O empresário disse à polícia que, por conta da ameaça, decidiu chamar um conhecido, que se chama Júnior, para ir junto ao encontro.

Ele disse que o homem pediu que ele levasse também, no carro, os outros dois homens. Bruno declarou à delegada Tathiana que não sabia que nenhum dos três estava armado.

Bruno declarou ainda que Igor disse que não tinha ido ao posto para conversar e sim para saber como o dinheiro ia ser pago e os chamou de “folgados”.

Na terça-feira, a Polícia Civil pediu a revogação da prisão de um deles porque algumas provas não bateram.
Imagens das câmeras de segurança

As imagens das câmeras de segurança mostram que durante o encontro houve uma discussão. Nesse momento, o empresário e o vendedor de pedras preciosas saem da loja. Segundo a polícia, antes de sair, o empresário fez um sinal para que os homens armados atirassem.

“Ele [Bruno Ramos Caetano] é a pessoa que levou os três atiradores, isso ele mesmo admitiu. Foi contratado um e pegou os três homens em Araucária”, afirmou a delegada.

O empresário pode responder por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, mediante dissimulação e para assegurar a impunidade de outro crime.

Bruno está preso preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado.

O que dizem os citados

G1 tenta localizar a defesa dos dois suspeitos que foram presos pela PM.

Anteriormente, a defesa de Bruno Ramos Caetano afirmou que o comportamento da vítima, Igor Kalluf, e a falta de confirmação da suposta dívida comprovam que ele não estava no exercício legal da profissão.

Já a família de Igor Kalluf havia informado que contratou um advogado para acompanhar o caso.

Publicidade

Mais Lidas