A Diocese de Marília, interior paulista, anunciou nesta terça-feira (7) o afastamento definitivo do padre Clécio Ribeiro, que agora deixa de ser sacerdote da Igreja Católica após decisão emitida pelo Papa Francisco.
A circular assinada pelo bispo diocesano Dom Luiz Antonio Cipolini informa que a decisão do papa é “inapelável e não está sujeita a qualquer recurso”.
Ainda segundo a diocese, o afastamento do padre se deu após o término do processo de investigação interna de “denúncias graves” que culminaram com a decisão tomada pelo Papa Francisco.
O padre Clécio Ribeiro havia sido afastado no dia 4 de dezembro de 2015 e, desde então, passou por todo o processo canônico até ter decretada a sua “demissão do estado clerical”.
Na época das denúncias e de seu afastamento, o padre, nascido em Tupã (SP), era reitor da Catedral de São Bento em Marília.
A Igreja não divulgou o motivo de seu afastamento e posterior demissão. A reportagem não conseguiu contato com o padre para comentar a decisão.
Outro caso completa 1 ano
Na próxima sexta-feira (10), outro caso de padre afastado da Diocese de Marília completa um ano. No dia 10 de julho do ano passado, o padre Denismar Rodrigo André foi detido durante a Operação Querubim da Polícia Civil e admitiu que armazenava videos de pornografia infantil.
Ele foi detido em Tupã, na casa da família. No local, foram apreendidos brinquedos, bonecas e ursos de pelúcia. Os policiais também apreenderam HD externo, pen-drive, notebook, celular e computador que estavam com material de exploração sexual.
À época, a delegada de Defesa da Mulher, Cristiane Camargo Braga, informou que o padre confessou ter baixado as imagens e salvo nas mídias. Contudo, ele negou que compartilhava o material e que tivesse praticado crimes contra crianças.
O padre continua afastado da Diocese de Marília, que ainda aguarda os resultados da perícia para dar andamento ao processo canônico.