Um bilhete com menção aos nomes do coordenador das Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado de São Paulo, Roberto Medina, e do promotor de Justiça Lincoln Gakiya, de Presidente Prudente, foi encontrado com um sentenciando que cumpre pena na penitenciária Nestor Canoa 1, em Mirandópolis.
Segundo apurado, ele estava com um sentenciado de 23 anos e foi encontrado na tarde de quinta-feira (16). O preso foi revistado pelos agentes penitenciários quando deixava o pavilhão para ser atendido pelo advogado dele, no Setor de Parlatório.
Segundo o que foi informado à polícia, o bilhete tinha os nomes do coordenador dos presídios e do promotor de Justiça, que atua no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Mininstério Público de Presidente Prudente.
Ainda segundo o que foi relatado, no verso do mesmo bilhete constavam os nomes de outros dois sentenciados que cumprem pena na unidade, sendo que os três habitam a mesma cela.
Missão
Não foi relatado qual o teor do bilhete, porém, o preso flagrado com o objeto alegou que poderiam apreendê-lo, mas “a missão seria cumprida do mesmo jeito”.
Após ser registrada a ocorrência na delegacia de Mirandópolis, as informações seriam repassadas à Delegacia Seccional de Andradina e à Deic (Divisão Especializada de Investigação Criminal) do Deinter-10 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior) de Araçatuba.
Ameaças
No ano passado, três cartas relacionadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital) foram apreendidas na penitenciária de Junqueirópolis, com ameaças de morte a Gakiya, Medina e outros profissionais ligados à SAP (Secretaria da Administração Penitenciária).
Segundo a polícia, nelas haviam ainda mapas e procedimentos a serem adotados para tirar a vida dos agentes públicos.
O inquérito relacionado ao caso foi concluído no final de 2019 e três presos na unidade foram indiciados por organização criminosa e ameaça.
Quando o caso foi encaminhado à Justiça, dois dos indiciados estavam no CRP (Centro de Readaptação Penitenciária), em Presidente Bernardes, onde funciona o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), e um na penitenciária 2 de Mirandópolis.