Com helicópteros deste modelo (AS50), houve registro de acidentes fatais em 2010 (2), 2011 (2), 2014 (2), 2016 (2), 2017 (2), 2019 (2) e um em 2020.
Quando se fala, de modo geral, em acidentes com helicópteros, o Estado de São Paulo lidera o ranking com 60 ocorrências (veja a tabela abaixo). Na sequência vêm as regiões do Rio de Janeiro (36), Paraná (19), Goiânia (17) e Minas Gerais (13).

Ainda segundo os dados do Sipaer, a ocorrência que vitimou fatalmente o cabo Batista, da Polícia Militar, primeira na corporação em 10 anos, foi colocada nas categorias de “administração direta”, o tipo de operação como “policial” e o tipo da aeronave “helicóptero”.
Entre 2010 e 2020, constam 23 ocorrências aeronáuticas nestas categorias, sendo apenas três classificadas como “acidente”. Um foi o de Álvares Machado, um com vítima leve e o terceiro com tripulantes ilesos:
- Ainda com a investigação ativa, em março de 2020, a aeronave decolou do Aeródromo Campo de Marte, em São Paulo, com destino a uma área de pouso eventual localizada no Hospital Geral de Pirajussara, a fim de realizar voo de transporte de órgãos vitais, com quatro tripulantes a bordo. Durante a descida vertical, ocorreu o toque do rotor principal contra um poste de iluminação, provocando a perda de massa de uma das pás e conseguinte vibração excessiva. A tripulação completou o pouso no mesmo local e cortou o motor. A aeronave teve danos substanciais. Os quatro tripulantes saíram ilesos e duas pessoas que transitavam próximo ao local sofreram lesões leves.
- Em julho de 2013, durante a realização de um voo de instrução de readaptação de piloto, com dois tripulantes a bordo, no setor ‘E’ da Represa Guarapiranga, em São Paulo, na arremetida, após o quarto treinamento de autorrotação simulada, não houve resposta ao comando de potência, no manete do coletivo. O instrutor efetuou o “flare” com atitude acentuada de arfagem. O helicóptero colidiu o cone de cauda contra a superfície da água, ocasionando danos substanciais no cone de cauda e nas pás de ambos os rotores. Os pilotos saíram ilesos.
Historicamente, com relação aos acidentes com fatalidades do Comando Aviação da PM de São Paulo, há apenas um acidente anterior ao de Álvares Machado deste ano, segundo contou o coronel Paulo Luiz Scachetti Junior. O fato ocorreu em 1998, na cidade de Indaiatuba (SP).
“Em uma demonstração de uma manobra, chamada de Macguire, em que realizamos a retirada e o deslocamento de tripulantes e vítimas içados por cordas ancoradas no gancho do helicóptero, uma linha de pipa com cerol cortou as cordas e os dois tripulantes que estavam sendo conduzidos caíram e não resistiram à queda”, relatou ao o coronel da PM.
Entre as 23 ocorrências aeronáuticas com helicóptero em operação policial estão, além dos três acidentes, 19 incidentes (tipo considerado um ‘quase acidente’, sem danos ou lesões graves) e 1 incidente grave.
Apesar de haver tais fatalidades, é um índice considerado baixo. “Nossos indicadores são bons no quesito de segurança devido à preocupação e ao profissionalismo com que conduzimos nossas atividades e operações aéreas, sempre pautados por padrões pré-estabelecidos e pelo aprimoramento e treinamento constante”, declarou ao o comandante da Aviação da PM.

O policial militar morreu após cair do Helicóptero Águia durante um treinamento realizado em um aeródromo particular, em Álvares Machado, na manhã desta quinta-feira (16). Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Regional (HR), em Presidente Prudente (SP), em estado considerado gravíssimo, conforme informou a corporação, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com as informações repassadas na data pela corporação, era realizado um treinamento conjunto entre a Força Tática do 32º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPM/I), de Assis (SP), e o Grupamento Aéreo na região próxima ao Condomínio Valência 1, quando, por razões a serem esclarecidas, Alexandre Luís Batista se desequilibrou e caiu da aeronave.
O policial, que integrava a Força Tática de Assis, caiu de cerca de oito a dez metros de altura, ainda conforme informou a corporação.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o acidente foi por volta das 10h40.
Batista, que trabalhou na corporação por 20 anos, foi velado e enterrado em Paraguaçu Paulista (SP). A morte aconteceu um dia antes de seu aniversário.