A Câmara de Marília acolheu, por 11 votos, o pedido de abertura de Comissão Processante por quebra de decoro parlamentar contra a vereadora Daniela D’Ávila, do Partido Liberal (PL).
Marcos Rezende não necessitou votar (só em caso caso de empate) e a votação teve um integrante a menos, a própria vereadora que será investigada.
Exposta à opinião pública, ela acabou virando pivô de uma crise política após o afastamento – como punição – do sargento da Polícia Militar que mandou guinchar um carro registrado no nome dela.
O vazamento do áudio de uma conversa entre a tenente-coronel Márcia Cristina Cristal e o sargento responsável pela apreensão.
Antes da votação, Daniela usou o “pequeno expediente”, período em que as falas têm tema livre. Foi a primeira manifestação dela, após a polêmica.
“Eu fui requerer uma informação. Onde tem vídeo, áudio, falando que eu requeri algo diferente? Não tive nenhum benefício”, argumentou a vereadora.
“Não tive oportunidade de pagar a minha conta em dia não. Será que sou só eu, senhores vereadores? Que abram sim a CP (Comissão Processante), mas com o peso na consciência dos senhores, de que eu não fiz nada”, garantiu.
Antes, José Carlos Albuquerque (PSDB) usou o espaço para criticar a vereadora e antecipar seu voto, a favor da comissão processante.
A sessão
O presidente da Câmara Municipal, Marcos Rezende (PSD), afirmou ter consultado a Procuradoria do Legislativo sobre carta de justificativa recebida do primeiro suplente, Sílvio Harada.
O parecer foi pela possibilidade da sequência da votação, mesmo sem a presença de Harada. Não há necessidade também, segundo, o Procurador, da convocação do segundo suplente, Samuel Menezes, o popular “Samuel da Farmácia”, – embora ele tenha comparecido.
O autor da denúncia, o advogado paulistano Marcos Rogério Manteiga, veio à Marília para assistir a sessão e pediu para sustentação oral, na tribuna da Câmara, o que foi negado pelo presidente da Câmara.
A sessão da Câmara segue em andamento.