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Operação da Polícia Civil prende dez pessoas

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Uma operação da Polícia Civil com o objetivo de combater os crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico, bem como desmantelar uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios, prendeu dez acusados nesta sexta-feira (18), em Piracicaba (SP) e São Pedro (SP).

A Operação Thêmis foi realizada pela 2ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), órgão do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a partir das 6h30, depois de um trabalho de investigação realizado desde maio.

Locais onde a operação foi realizada:

  • Piracicaba: bairros Mário Dedini, Bosque dos Lenheiros, Parque dos Sabiás, São Jorge, Gran Park, Jardim Conceição, Glebas Califórnia, Parque Piracicaba, Parque Taquaral, Canta Galo, Nova Iguaçu, Higienópolis, Bairro Alto, Bairro Verde e Jardim São Paulo);
  • São Pedro: bairros Alpes da Águas e Vertente das Águas.

 

Durante as investigações, segundo a 2ª Dise, foram identificadas lideranças da facção criminosa em Piracicaba e São Pedro que se reportavam apenas para outros criminosos da Capital e região, denominados como “regionais do interior” e “gerais do interior”.

Ficou também constatado que outros dois acusados atuariam na facção como “apoio do livro do interior”, sendo responsáveis pelos cadastros de membros da facção (batismo, exclusão, retorno, transferência de região e registros de sentenças de tribunais de crime e de devedores).

Outros três atuariam como “disciplinas”, auxiliando na realização de “tribunais do crime” e na solução de conflitos entre criminosos. Já uma investigada seria o elo entre membros da facção presos e os que estão em liberdade.

Foram identificados, ainda, dois acusados de lavar dinheiro da facção criminosa, que recentemente teriam comprado um supermercado e uma tabacaria.

Também foram investigadas pessoas que não integravam a organização, mas utilizavam serviços dela para resolverem questões pessoais, como cobranças de dívidas sob coação e mediação de conflitos entre criminosos.

Tribunais do crime

Ficou também constatado que as lideranças da organização, com apoio de demais membros, realizavam julgamentos conhecidos como “tribunais do crime” contra pessoas que viessem a violar as regras impostas pelo crime organizando.

A pessoa que seria julgada ficava sob cárcere privado durante cerca de dois dias e era submetida a punições que variam de agressões físicas até execução.

Em um dos casos, os membros da facção mantiveram um homem de 56 anos sequestrado por três dias, enquanto era discutido entre dois dos líderes qual providência seria tomada, já que um deles optava por uma sessão de agressão física, enquanto o outro desejava executar e enterrar o homem, ainda conforme a Polícia Civil.

A operação

Após as investigações, foi solicitado ao Poder Judiciário a expedição de 12 mandados de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão em imóveis relacionados aos alvos e à investigação.

Nesta sexta-feira, a operação teve apoio de outras unidades da Deic e equipes das seccionais de Piracicaba, Rio Claro (SP), Limeira (SP), Americana (SP), Casa Branca (SP) e São João da Boa Vista (SP), contando ainda com suporte aéreo do helicóptero Pelicano do Serviço Aerotático da Polícia Civil – SAT.

O trabalho reuniu mais de 100 policiais civis, 25 viaturas e a aeronave policial. Os 25 mandados de busca e apreensão foram cumpridos de maneira simultânea.

Das 12 prisões temporárias decretadas, foram cumpridas dez e dois são considerados foragidos da Justiça.

Além das doze prisões temporárias, outros dez indivíduos foram identificados nas investigações. Desses dez, seis já se encontram presos por outros crimes praticados e devem também responder pelo envolvimento junto à facção criminosa.

Apreensões

Em um dos endereços alvo da ação, foram localizadas porções de cocaína, maconha e munições. Além de ser alvo do mandado, o acusado que foi localizado no local foi preso em flagrante por tráfico de entorpecentes.

Dos dez presos, oito foram encontrados em suas casas, enquanto um deles foi preso dentro de um motel de luxo e a única mulher alvo da operação foi localizada escondida em um barraco no interior da Comunidade do Parque dos Sabiás.

Todos os presos foram conduzidos até a sede da 2ª Dise/Deic, onde as prisões foram registradas, e ficaram à disposição da Justiça.

A operação foi denominada Thêmis por ser o nome da Deusa da Justiça na mitologia grega, em referência aos julgamentos que os criminosos realizavam.

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