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Tragédia em Taguaí: motorista de ônibus que bateu em carreta é indiciado por homicídio culposo; 42 pessoas morreram

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O motorista do ônibus envolvido no acidente em Taguaí (SP), em novembro do ano passado, foi indiciado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, no fim da manhã desta segunda-feira (22). O acidente matou 42 pessoas.

A Polícia Civil chegou a essa conclusão depois de receber um laudo, que aponta que não houve falha nos freios, versão dada pelo motorista à polícia.

A polícia também indiciou a dona da empresa de ônibus Star Turismo por causa das más condições do veículo e exercício irregular da profissão, já que a empresa não tem licença para o transporte de passageiros. A defesa da empresa alega que as manutenções do ônibus eram feitas semanalmente.

Os donos das três fábricas onde os passageiros trabalhavam, e para onde seguiam quando houve o acidente, também foram indiciados porque eram responsáveis pela contratação do ônibus. A TV TEM entrou em contato com a defesa, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

O laudo do acidente que deixou 42 mortos na rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, no dia 25 novembro de 2020, apontou que não foi identificada falha nos freios do ônibus. A perícia completa foi revelada no Fantástico neste domingo (21).

Para a polícia e em entrevistas, o motorista Mauro Aparecido de Oliveira havia falado que não tentou ultrapassar outro veículo no trecho onde era proibido e que, segundo ele, houve uma falha mecânica.

“Não tem como falar que o freio não falhou porque o freio falhou. Porque na hora que eu mais precisei, que eu pisei pra segurar mesmo, o freio não segurou”, disse Mauro.

Novas informações, contudo, revelam detalhes do acidente na rodovia. Peritos do Instituto de Criminalística de São Paulo analisaram a estrada e não acharam buracos ou qualquer outra deformação na pista que pudessem ter provocado o acidente.

Os peritos verificaram também os freios do lado esquerdo do ônibus e desmontaram as rodas do lado direito para uma checagem completa.

A conclusão do laudo oficial foi de que: “mangueiras, válvulas e demais componentes estavam íntegros e não foram encontrados vestígios que indicassem falha no sistema de freios”.

“Na verdade, infelizmente nesse acidente houve uma falha humana”, explicou a delegada Camila Rosa Alves.

 

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