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Mais de 50 servidores penitenciários mortos de Covid-19 no sistema prisional de SP

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O sistema prisional paulista tem 52 servidores vítimas fatais do coronavírus desde o início da pandemia, segundo levantamento do SIFUSPESP até este 11 de março, com base em informações apuradas junto à categoria. Morreram sete servidores penitenciários apenas nas duas primeiras semanas de março, o mesmo número de mortos de todo o mês de fevereiro.

Levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta um crescimento de 190% no falecimento tanto de servidores quanto dos presos nos primeiros 67 dias de 2021 comparados ao mesmo período no ano passado. De acordo com os dados do CNJ, foram confirmados 64.189 casos nas unidades prisionais do país, dos quais 16.046 servidores e

48.143 detentos.Na avaliação da direção do SIFUSPESP, no caso de São Paulo o aumento das mortes coincide com a retomada das visitas às unidades prisionais, em 7 de novembro, pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). Apesar da piora no quadro da pandemia, com várias cidades paulistas regredindo à fase vermelha, a SAP só voltou a suspender as visitas depois que o Tribunal de Justiça de São Paulo deferiu um pedido de liminar do SINDASP, em 27 de fevereiro.


De dezembro até o começo de março, as mortes aumentaram 75%, e o contágio de servidores cresceu quase 44%, de 1.997 em dezembro para 2.870 neste 10 de março. Desde quando a SAP passou a contabilizar os casos, em julho passado, o crescimento do contágio entre os servidores aumentou quase 360%.

Segundo dados da SAP, são 12.536 casos confirmados na população carcerária, com a morte de 38 detentos.

Com o cenário distante do controle de casos dentro e fora dos muros do sistema prisional, a direção do sindicato continua alertando a categoria para prevenção com toda a prevenção necessária no cotidiano, e também na luta por prioridade na imunização:

“Somos convocados a trabalhar, prestamos serviço essencial e estamos na linha de frente, temos que ter prioridade na vacinação sim e vamos seguir reivindicando isso junto ao governo estadual e nas instâncias federais também, com apoio de deputados de diferentes partidos políticos que tem feito essa indicação ao Ministério da Saúde”, defende Fábio César Ferreira, o Jabá, presidente do SIFUSPESP.


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