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Ciro Nogueira aceita convite de Bolsonaro para chefiar Casa Civil

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O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou hoje que aceitou convite feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir o comando da Casa Civil. O anúncio vem após reunião entre os dois na manhã de hoje.

“Acabo de aceitar o honroso convite para assumir a chefia da Casa Civil, feito pelo presidente Jair Bolsonaro. Peço a proteção de Deus para cumprir esse desafio da melhor forma que eu puder, com empenho e dedicação em busca do equilíbrio e dos avanços de que nosso país necessita”, escreveu o senador nas suas redes sociais.

A reunião entre Bolsonaro e Nogueira para selar a posse do novo ministro estava marcada para ontem, mas precisou ser adiada após o senador enfrentar um problema com seu voo de retorno do México, onde passava os dias do recesso parlamentar.

Nogueira vai substituir o atual o ministro-chefe da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos. A troca já havia sido antecipada por Bolsonaro, numa manobra que dá maior espaço ao chamado Centrão dentro do governo.

Com a mudança, o general Ramos será deslocado para a Secretaria-Geral da Presidência, pasta atualmente ocupada por Onyx Lorenzoni, que, por sua vez, deverá assumir o novo Ministério do Emprego e Previdência Social.

O novo ministério de Onyx Lorenzoni é um desmembramento da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, hoje sob o guarda-chuva de Paulo Guedes no Ministério da Economia.

Também pelas redes sociais, Ramos desejou boas-vindas ao seu substituto e confirmou que assumirá “nova missão” na Secretaria-Geral da Presidência.

“Seja bem-vindo, Ciro Nogueira, ao time Jair Bolsonaro. Desejo muito sucesso na Casa Civil. Agradeço aos servidores que estiveram comigo nessa jornada e sigo em nova missão determinada pelo PR [Presidente da República] na Secretaria-Geral. Tenham certeza que mais uma vez darei o meu melhor em defesa do Brasil”, escreveu no Twitter.

Troca visa fortalecer governo no Senado

A ida de Nogueira para a Casa Civil é estratégica para fortalecer o governo no Senado, onde tem perdido apoio com o avanço da CPI da Covid. Ele é presidente do PP (Partido Progressistas), um dos principais partidos do bloco de parlamentares do centrão, que dá sustentação parlamentar ao governo.

Apesar de compor a tropa de defensores do governo na CPI, Nogueira tem evitado embates mais duros, e o governo temia um desembarque do aliado.

O PP também é o partido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que vem segurando as pressões para a abertura de um processo de impeachment contra Bolsonaro. Há mais de cem pedidos protocolados na Câmara, mas a decisão de abrir um processo depende do presidente da Casa.

Além disso, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), também pertence ao partido. O deputado está na mira da CPI da Covid devido a negócios suspeitos quando era Ministro da Saúde ainda na gestão Michel Temer (MDB) e por acusações de que teria atuado para fechar a compra da vacina Covaxin sem aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e com valor acima das concorrentes.

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