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Doria diz que SP manterá vacinação de adolescentes: ‘Suspensão é descabida’

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A decisão do Ministério da Saúde de suspender a imunização contra covid-19 de jovens de 12 a 17 anos pegou o governo de São Paulo e o seu Comitê Científico de surpresa.

Em vídeo, o governador João Doria (PSDB) chamou a medida de “descabida” e afirmou que o estado continuará a vacinação. O Comitê Científico, que auxilia o governo nas decisões da pandemia, considera a medida “absurda” e diz que não tem respaldo científico.

“Fico surpreso e indignado, como pai que sou de adolescentes, com essa orientação do Ministério da Saúde. Descabida e, ao mesmo tempo, que traz intranquilidade para milhões de pais em todo o Brasil”, afirmou Doria, em vídeo publicado nas redes sociais.

Mais cedo, o governo do estado já havia criticado a decisão, em nota oficial. A administração disse que a medida causa “apreensão em adolescentes”.

“Coibir a vacinação integral dos jovens de 12 a 17 anos é menosprezar o impacto da pandemia na vida deste público. Três a cada dez adolescentes que morreram com covid-19 não tinham comorbidades em São Paulo. Este grupo responde ainda por 6,5% dos casos e, assim como os adultos, está em fase de retomada do cotidiano, com retorno às aulas e atividades socioculturais”, afirma o comunicado.

A decisão enfrenta, no entanto, um obstáculo logístico. Embora os estados possam comprar vacinas separadamente, o único imunizante autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a ser aplicado em adolescentes é o da Pfizer, que, até então, negocia exclusivamente com o governo federal.

Isso significa que São Paulo e qualquer outro estado depende do repasse de doses do PNI (Plano Nacional de Imunização) para seguir na vacinação dos adolescentes.

Além das faixas etárias abaixo dos 18 anos, há ainda as segundas doses de quem já foi vacinado com Pfizer e a terceira dose para os idosos, que também deve ser administrada com este imunizante, segundo o ministério.

 

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