O homem que matou o próprio pai a pauladas no fim de dezembro de 2020, em Bauru (SP), foi condenado a mais de 31 anos de prisão em julgamento realizado pelo Tribunal do Júri no fórum da cidade, na última terça-feira (12).
Segundo a sentença assinada pela juíza Érica Marcelina Cruz, o réu Sidnei de Faria Júnior, de 27 anos, foi considerado culpado pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, uso de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima).
Por maioria de votos, o júri considerou o réu como culpado e a sentença foi definida pela juíza em 31 anos, um mês e 13 dias de reclusão, em regime inicial fechado. A defesa afirmou que vai recorrer. Sidnei segue preso na Penitenciária de Álvaro de Carvalho (SP).
A juíza também negou a Sidnei de Faria Júnior o direito de recorrer em liberdade, justificando sua decisão com o fim de manter a ordem pública, em função do “risco de reiteração delitiva”, e também por conta de seus antecedentes criminais.
À época do crime, o delegado Richard Serrano, que realizou a prisão de Sidnei, contou ao g1 que o suspeito era “extremamente violento” e já havia cumprido pena por tráfico de drogas, roubo e violência doméstica.
No dia 26 de dezembro de 2020, a Polícia Militar foi acionada depois que Sidnei de Faria Júnior, então com 25 anos, invadiu a residência de um vizinho contando que havia matado uma pessoa. Ele estava todo ensanguentado.
Quando os policiais militares chegaram ao local indicado, que fica próximo ao estádio Alfredo de Castilho, já encontraram Sidnei de Faria, de 59 anos, caído e sem vida.
A vítima foi violentamente golpeada com um pedaço de pau. Segundo o boletim de ocorrência, o pai do réu teve um trauma profundo no tórax e outras lesões, que resultaram em afundamento da face e traumatismo craniano.
À época, o delegado Richard Serrano afirmou que Sidnei disse à polícia que agrediu o pai porque ele batia na esposa e nos filhos antes da separação do casal, que ocorrera mais de 20 anos antes, e porque ele se sentia abandonado pelo pai.
No entanto, o delegado disse que conversou com a família, que as acusações contra a vítima não procedem e que o que ocorreu foi uma separação normal de casal.