Um empresário de Marília perdeu mais de R$ 320 mil em um golpe depois de trocar fotos íntimas pela internet.
Segundo informações obtidas, uma suposta mulher teria entrado em contato com o empresário através do Facebook, e depois de conversarem, acabaram trocando telefones. No WhatsApp, a golpista, depois de mais conversa, convenceu o empresário a enviar fotos íntimas.
Um tempo depois, um criminoso que se passava pelo pai da suposta moça, entrou em contato pelo mesmo telefone, dizendo que a filha era menor de idade. O bandido solicitou que a vítima enviasse R$ 2 mil, em decorrência de ‘grande prejuízo familiar’, o que foi prontamente atendido pelo empresário.
O mariliense também recebeu a ligação um suposto delegado do Rio Grande do Sul. O golpista afirmou que a moça deveria ser indenizada pelo prejuízo emocional e psicológico. Foram feitos diversos depósitos ao longo de agosto e setembro, em contas diferentes, totalizando R$ 323 mil.
O golpe só foi descoberto depois que a vítima foi orientada por um advogado a parar de enviar dinheiro para a quadrilha. Uma das pessoas que teria recebido dinheiro estaria inclusive envolvida em outros crimes.
OUTRO CASO
No domingo (9), um outro caso semelhante foi registrado, porém com prejuízo bem menor. O homem iniciou o contato com uma suposta moça pelo Tik Tok , e depois, pelo WhatsApp, trocaram vídeos íntimos.
Logo depois, uma pessoa se apresentou como pai da mulher, disse que era pastor e que tinha discutido com a jovem por conta do vídeo. O acusado falou ainda que quebrou alguns objetos da casa e exigiu um Pix de R$ 300 para evitar que fosse até a delegacia. Depois exigiu mais R$ 200 por danos materiais.
Os casos são investigados pela polícia.
GOLPE DO NUDE
O crime de extorsão sexual, conhecido como “golpe dos nudes”, consiste, inicialmente, no envio de solicitações de amizade por redes sociais de mulheres jovens para homens geralmente de meia idade.
Em um segundo momento, compartilham fotos íntimas, que serão utilizadas na extorsão. A vítima do golpe passa a receber ligações dos supostos familiares da menina ou de falsos policiais civis, que o acusam, entre outras coisas, de pedofilia, sob a alegação de que as fotos são de uma criança ou adolescente.