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Polícia apura se motorista que andou na contramão da Anhanguera teve ‘crise de diabetes’

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A Polícia Civil de Sumaré investiga se o motorista de 44 anos que andou quase 4km na contramão da Rodovia Anhanguera e acertou dois carros teria sofrido uma ‘crise de diabetes’. A hipótese foi levantada pela família em depoimentos colhidos nos últimos dias.

A Sampi Campinas ouviu um endocrinologista, que explica o que acontece quando um paciente com diabetes não toma os remédios corretamente ou tem ‘uma crise’.

O caso aconteceu no domingo, 29. De acordo com a PMR (Polícia Militar Rodoviária), o homem dirigia um Montana e, na altura do quilômetro 109, entrou na contramão. Ele guiou até a altura do quilômetro 105, e colidiu de frente contra um Citroën 109 e lateralmente contra um Sandero. Cinco pessoas estavam neste último carro e ninguém sofreu ferimentos.

Três pessoas da mesma familia morreram na hora. Ele não resistiu e morreu na sequência.

A reportagem conversou com Marcelo Miranda, endocrinologista do Vera Cruz Hospital. Ele lembrou que uma pessoa que tem diabetes convive com eventuais problemas cardiovasculares, neurológicos, e também está sujeito às complicações que surgem de repente — e que podem sim ser chamadas de crises.

Elas podem ter relação direta com o açúcar no sangue, como:

  • Hiperglicemia: quando há uma elevação rápida da taxa de açúcar no sangue; no geral, não tem sintomas, mas, se durar algumas horas, os valores acima de 500 ou 600 podem causar uma alteração da consciência e a pessoa pode entrar em coma (apesar de Miranda dizer que isso é mais raro)
  • Hipoglicemia: quando há queda muito rápida na taxa de açúcar do sangue; são as mais comuns, disse o médico. É como se o cérebro parasse de funcionar por ter tido uma ‘pane seca’, ter ficado sem combustível.

“Também há as crises cardiovasculares, que podem causar arritmia [quando o coração bate rápido demais], ou até mesmo a parada [quando o coração para de bater]. Tudo isso pode afetar a pessoa de várias formas”, acrescenta.

Importante

  • As explicações dadas pelo médico nesta reportagem não podem ser usadas como laudo médico ou provas.
  • São apenas teorias baseadas em uma informação passada durante a investigação policial
  • Não há detalhes se o homem fazia acompanhamento da doença, estava tomando remédios ou teria deixado de tomá-los por qualquer motivo
  • O inquérito que apura as mortes não foi finalizado pela Polícia Civil.

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