Adeilton José da Silva sofreu um acidente na terça-feira passada (23) e foi encaminhado ao Hospital Municipal, o antigo ‘Crei’. “Ficamos sem comunicação total com ele por dois dias, porque não deixaram que nenhum familiar o visse no hospital nesse tempo. Só conseguimos vê-lo na sexta pela tarde”, relata a dona de casa Silvania Francisca da Silva, de 33 anos, esposa do rapaz.
Conforme explica a família, além das escoriações, Adeilton teve um ferimento mais grave na cabeça, e de acordo com um parecer médico, pode ser que tenha tido uma fratura séria na coluna. Porém, o diagnóstico correto só será dado após o exame de ressonância, que ainda não foi realizada.
A esposa afirma que o tempo de espera mostra o descaso do poder público e está preocupada com a gravidade do caso. “Ele sente dores e enquanto não sai essa ressonância, ele está sendo dopado de remédio. Está há uma semana sem conseguir andar e nós muito preocupados”, acrescenta.
De acordo com a família, principalmente em relação a transferência de hospital, está sendo mais difícil de resolver devido a pandemia. Desesperados pela vaga, os familiares chegaram a compartilhar o caso e pedir ajuda nas redes sociais.
Em nota, a Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), informa que o paciente deu entrada na Unidade de Saúde no dia 24, às 23h24, trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), vítima de queda de moto.
O paciente estava confuso e apresentava escoriações. Imediatamente foi avaliado pela traumaortopedia, cirurgia geral, bucomaxilo, clínica médica e Neurocirurgia. De acordo com a Sesau, ele se encontra estável e no momento não necessita de intervenção cirúrgica, permanecendo internado, com acompanhamento da equipe da Neurocirurgia. A prefeitura também afirma que já foi solicitada a transferência e ressonância de coluna torácica, ambos por meio da regulação CROSS.
Já o Departamento Regional de Saúde (DRS) da Baixada Santista informa que a ficha de Adeilton foi inserida nesta segunda-feira (29) no sistema de Regulação e alterada pelo próprio serviço de origem. Está em andamento o processo de contato com unidades de referência em Neurocirurgia da região, para que ele seja transferido a uma unidade especializada.
O DRF ainda afirma que não basta a disponibilidade de vaga para efetivação da transferência, que depende também quadro estável e sem infecções para segurança da própria paciente.