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Quadrilha organizada por pai e filho é condenada a 427 anos de prisão por agiotagem e extorsão
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4 anos atrásem
A Justiça condenou a quadrilha acusada de extorquir e fazer um esquema de agiotagem em Sorocaba (SP). Juntas, as condenações dos réus da “Operação Alquimia”, realizada em 2018, somam 427 anos.
Em 16 de maio de 2018, a operação deflagrada pela Polícia Civil e Ministério Público cumpriu 23 mandados de busca e oito de prisão – mas apenas cinco pessoas foram encontradas.
O grupo foi acusado de extorsão, agiotagem, sonegação e lavagem de dinheiro.
Depois da prisão, uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio colocou os cinco presos em liberdade. Quando houve o julgamento do recurso, a liminar foi revogada, mas apenas dois deles foram novamente presos pela polícia. Ao todo, sete dos nove condenados estão foragidos
Segundo a investigação, a quadrilha foi organizada por pai e filho. O primeiro, apontado como um dos chefes do bando, foi preso e condenado a 73 anos de prisão. O segundo está no grupo dos que continuam foragidos.
A maior condenação é de um dos membros da quadrilha, que também está foragido, e chegou a 97 anos de prisão.
‘Aprendeu a emprestar’
Ao todo, cerca de 16 mil documentos foram analisados. Segundo a denúncia, uma vítima relatou que ao menos desde 2015 os réus usavam arma de fogo e agiam com outras pessoas em uma organização criminosa para diversos crimes. Naquele ano, presencialmente ou por telefone eles a ameaçaram para entregar o valor de R$ 2 mil.
No mesmo período, a investigação identificou, por meio de quebra de sigilo, que outra vítima sofreu violência para a entrega de R$ 1.516.000.
Além de documentos e outros objetos, com o cumprimento dos mandados de prisão e busca foram apreendidas armas e munições utilizadas nas extorsões, bem como eletrônicos, como celulares e computadores.
Em um deles, foi recuperada uma conversa de um dos chefes que contou que “era quebrado”’, mas “aprendeu a emprestar dinheiro do nada” e ensinou ao filho. Segundo o áudio extraído dos equipamentos dele, “Deus deu oportunidade” e “mostrou o caminho”.
Segundo apurado pelo G1, ao menos 15 pessoas foram vítimas do grupo. A investigação identificou que imóveis, lanchas e carros de luxos foram comprados por meio da prática criminosa.
Uma previdência privada no valor de R$ 11 milhões em nome de um réu foragido foi bloqueada, dentre outras aplicações financeiras.