A declaração foi feita durante evento no Centro Universitário Claretiano, em Batatais (SP). Segundo o Portal G1, Covas afirmou que o impacto não é imediato porque as vacinas que estão sendo usadas não impedem a doença. Só evitam que chegue ao estágio grave.

“Antes de maio, não teremos impacto de vacinação na pandemia. Vamos começar a ter diminuição de óbitos, progressiva, diminuição de internação, progressiva, mas isso só se vai sentir de fato a partir de maio”, disse.

Ele comparou com a gripe comum. Ao tomar a vacina, a pessoa que é imunizada não ficará hospitalizado ou desenvolver pneumonia, segundo ele, mas vai ter sintomas.

“Esse é o efeito, ela impede a gravidade da doença. [A vacina] vai impedir a gravidade da doença, mas não vai impedir a infecção. No longo prazo, à medida que os casos vão diminuindo, que as pessoas vão sendo imunizadas até naturalmente pelo próprio vírus, a epidemia vai diminuindo”, declarou.

O Instituto Butantan desenvolve a vacina contra a covid-19 em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. O imunizante reduz em 78% o risco de contrair covid-19. O governo federal disse que vai adquirir 100 milhões de doses para aplicar em todos os Estados simultaneamente.

Depois da imunização da população, a ocorrência do coronavírus deve se tornar sazonal, afirmou Dimas Covas. Ele disse que a vacina do Butantan deve ser incorporada ao calendário nacional de vacinação.

“Se o vírus se mantiver, precisará ser incorporado ao calendário nacional de vacinação. Se serão uma ou duas doses, essas vacinas ainda estão na fase inicial de desenvolvimento, ainda são recém-nascidas. Ainda vai haver espaço para crescimento tecnológico dessas vacinas, desenvolvimento, aperfeiçoamento”, afirmou.

O diretor do Butantan declarou que o “sonho” é uma vacina de excelente qualidade que, com uma dose, possa ser aplicada na população a cada 10 anos.

O Brasil registrou 202.631 mortes por covid-19 até as 17h30 deste sábado (9.jan), de acordo com o Ministério da Saúde. São 1.171 vítimas a mais que o registrado no dia anterior. Também foram contabilizados mais de 62.290 casos em 24 horas, totalizando 8.075.998 infectados.